segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O POEMA HOMENAGEM



                                

   
fotos: filho da Mariazita, no lançamento de AMOR NA GUERRA
Em cima a Mariazita faz a apreserntação, tendo à direita Andreia
pela editora, à esquerda o autor. Em baixo o autor e Mariazita trocam impressões.

HOMENAGEM

A vida é uma viagem
Viagem de muitos encontros
Alguns merecem que nos curvemos em homenagem
Encontros que acontecem parecem naturais
Aconteceu com Mariazita
Encontros interessantes, há mais
Porém devo o que vou relatar, a essa mulher, Ana Diniz
Depois… depois, os encontros vieram a tornar reais
Navegava nesta viagem e a Mariazita, esquecer jamais
Reaprendia a escrever, postar fotos não sabia fazer
Mariazita veio a saber porquês
Sabedora, coração bonito, entendeu e deu dicas para tecer
Cortês, pelo meu caso se interessou
Já tinha escrito por três vezes, com outra designação
O que passei a designar Amor na Guerra, versátil que sou
Por ser real, posso dizer: a Mariazita teve intervenção
Na maneira do desenrolar das cenas
Comentou e deixou verdadeira lição
Gratidão ficou àquela mecenas
Foi pela bondade dela, que atravessei, a sós, o Tejo
Na altura cometi essa loucura
Queria participar da sua alegria, o cumprimento dum desejo
O lançamento do seu livro, com agrado observei, essa ternura
O envolvimento de filhos e netos
Numa bonita moldura
E a Mariazita me apresentou em Lisboa
No lançamento do AMOR NA GUERRA, Não esperaria essa ventura
Filho e marido presentes também
O rebento fotografou
Incluiu o pai e a Mariazita mãe
Um gosto!
Gosto para mim também


Daniel Costa

sábado, 29 de outubro de 2011

POEMA UM HOMEM


UM HOMEM

Quando a terra arei
No meu Oeste Natal
Várias árvores plantei
Algumas no quintal
Dessas, frutos degustei
Como se fora vendaval
O progresso as derrubou
Devem haver ainda outras com o meu aval
Um dia, o berço deixei
Não nascera para trabalhador braçal
Há muito sonhava com outra vida
Trabalhar na Capital
Interiormente
Fui sou feliz e trabalhei sempre
Com a literatura, a poesia a fervilhar
Outros estudos estavam na mente
Filha ao mundo dei
O bastante que escrevi, publiquei sempre
Outro tipo de árvores: um livro lancei
A fazer fé no ditado
Fiz tudo para ser um homem
Nunca deixei o sonho abandonado
Hoje um homem feito
Como se fosse uma balada, um fado
As três coisas conseguidas
Para andar mais estou preparado
Um homem
Um fado trinado
Os três acontecimentos
Um homem nado

Daniel Costa

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

POEMA MARIA DA SOLEDADE


MARIA SOLEDADE

Os deuses sem piedade
Fustigaram uma mulher bem divertida
Maria Soledade
Lá na sua cidade do Porto
Foi assim que a conheci
Na beleza daquele horto
Num tempo que não sorria
No entanto confesso que me diverti
Foram tempos menos bons
Menos bons para mim, recuperei e sorri
Para Maria de Soledade
Iniciara-se uma fase ruim
Meus deuses, deusas e Deus?
Porque a castigaram assim
Integra e bondosa foi atingida como os ateus
Por onde mora a justiça?
Oh Zeus!
Deuses fazei com que Maria Soledade
Se vá conformando
Recupere o amor à sociedade
Sorrindo e divertindo de novo
Nunca deixe de nos visitar como boa amiga
De alegria vive o povo
É necessário que Maria Soledade
Esteja sempre connosco
Nesta cristandade
Neste ambiente
Interaja neste mundo de fraternidade
Nos presenteie
Com a sua humanidade

Daniel Costa


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

POEMA MARIA SOCORRO


MARIA SOCORRO

Conheci uma mulher aqui
Uma poetisa, mulher de gosto
Do distrito do Piauì
Poetisa Nordestina
Da famosa região do Brasil
Cuja cultura, diria folclórica, fascina
No Município de Marcolândia
Maria Socorro, ministra e ensina
Nesse mundo agreste
Onde ministrar instrução a anima
Nos tempos livres
O seu pendor poético domina
Maria Socorro, com a sua amizade
Com e a sua poesia também me fascina
Uma pequena forma de intercâmbio
Fraternal entre dois países irmãos
Entre outro preâmbulo
De fraterna amizade damos as mãos
Do longínquo Piauí
Maria Socorro
Dá exemplos poéticos a chegar aqui
Aqui a Lisboa
Onde entre a muita deslealdade
Esta tem e acolhe gente pura e boa
Como a Maria Socorro
Que bela poesia escreve e aqui ecoa!

Daniel Costa

terça-feira, 25 de outubro de 2011

POEMA SETENTA ANOS

 
SETENTA ANOS

Não vivo de enganos
Hoje quatro de Outubro
Completo setenta anos
No dia de S. Francisco de Assis
De mil novecentos e quarenta
Veio ao mundo um petiz
Nasceu no tempo de uma tormenta
Guerreavam os nazis
Será por isso o ter sempre havido
Capacidade de sofrimento e de ser feliz
Setenta anos de lutas e aventuras
Deus assim o quis
Aventuras, provações duras
Sempre encaradas com optimismo
Procurando ultrapassar
Jamais pensando no abismo
Manter ideais, sempre o sonho
A procura da verdade sem lirismo
Setenta anos
Talvez a idade de me manter moderno
Gostar da vida, de nela andar
Tendo consciência de não ser eterno
Vivo modesto e humilde com lisura
Nunca desejei o inferno
O céu, a vida eterna não haverá
Procuro a verdade e a justiça
Lutando denodadamente por cá
Setenta anos
Haja paz e justiça
Nada de confusões e enganos


Daniel Costa

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

POEMA BEIJO ROUBADO BEIJO DEVOLVIDOpoema


BEIJO ROUBADO
BEIJO DEVOLVIDO

Beijo roubado
Ainda nos anos sessenta
Podia ser tido como grave pecado
De uma bela mulher me enamorei
Decorria o derriço sério de enamorado
Um beijo supliquei
Tudo era recatado, dizia ela ser menina
Num intenso desejo, o beijo roubei
As lágrimas correram
A donzela fez-me sentir que pequei
A repreensão fez temer
Teria equacionado mal?
Mesmo ter esquecido e dever
Senti-me culpado
O futuro seria romper
Ânimo apaziguado
Por pouco embora, seguiu-se o rumo
Continuei a ser o feliz namorado
O recato continuou
Nada de se desvendarem mistérios
Parecia não haver amor e o namoro acabou
Passaram décadas, ela acompanhada
A mulher reservada me encontrou, então me beijou
Os tempos tinham mudado
Confesso que me enalteceu
Perante o amado
Na despedida novo beijo deu
Meus deuses, onde estarão merecimentos?
O encontro deveras me comoveu

Daniel Costa


domingo, 23 de outubro de 2011

POEMA MULHER DE PRETO

POEMA MULHER DE PRETO

                                           

MULHER DE PRETO

Uma mulher bela e sedutora
Fortaleza de militância social
Ou não fosse uma lutadora professora
Nos seus jogos de sedução, afinal
Por vezes é usual usar vestido preto
Faz a sua militância afincada e usual
Como qualquer mulher do nordeste
Desse nordeste brasileiro
De vivências folclóricas no agreste
Centenas de quilómetros de costas atlânticas
Onde a mulher se pode banhar
A diversidade de rostos femininos
Leva a meditar e espraiar, trás à lembrança o doce luar
Porém a mulher de preto a lutar, tem sempre o teste
Meu Deus!... A dengue, a epidemia sazonal
Que existe no grande Maranhão
Provocada por insecto tropical, poderá ser mortal
A mulher de preto o sofre
Há ali uma questão de salubridade, será normal?
Entre outros, é motivo para a preocupar
Preocupar a bela mulher de preto a lutar pelo seu ideal
Como qualquer mulher nordestina
Na diversidade de rostos femininos, encontramos o ser leal
Atrai-me esse nordeste
Onde militam mulheres, sobretudo a mulher de preto
Um ser que anda sempre na militância social
Já que adoro quem ama o semelhante, ser amigo prometo
Daquela mulher de preto

Daniel Costa


sábado, 22 de outubro de 2011

POEMA FALAM NÃO IMPORTA


FALAM NÃO IMPORTA

Há mentes bastante tortas
Imaginam verdades
Se falam não te importas
Em todas as idades
Há pseudo verdades, letra morta
Este mundo é para amar
Haverá sempre amor numa porta
Amor de verdade
Amor a todo o mundo também se nota
Viver para amar
Colocar em tudo amor profundo
É saber estar
Gostar de estar na evolução do mundo
Amar e construir
Falam, não importa
Podem até dizer meias verdades
Denotam alinhamentos
Onde predominam fragilidades
Intensificam a procura dum mundo seu
Onde o amor é inseguro
É escuro como se fora ateu
Quando o amor deve ser real
Límpido e infinito
Até se acabar todo o mal
Que falem não importa
Será o amor a vencer
Procuremos outra porta

Daniel Costa

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

POEMA ARMAÇÃO DE BÚZIOS

                                Praia João Fernandinho
   
                                                    
                               
                                  

ARMAÇÃO DE BÚZIOS

Localizada na vasta região dos lagos
Também conhecida por Búzios apenas
É uma península, por lá terão passado magos
Fica a cerca de cento e sessenta quilómetros do Rio
Do Rio de Janeiro, ao Distrito a que pertence
Tornou-se município autónomo de Cabo Frio
Ficando a oeste deste, mas independente
A região é maravilhosa
Desde mil novecentos e sessenta e quatro
Em que lá veraneou Brigitte Bardot, que a tornou famosa
Vinte e três praias, onde desembocam correntes vindas do Equador
Desde a estada da BB, que a tornou mais glamourosa
A Saint Tropez Brasileira, onde terá descansado o Senhor
O mundo da imprensa foi atraída pela fama de Brigitte Bardot
Terras formosas, terras, de amor
Ali esteve com o seu namorado de então, Bob Zaguri
A Perfeitura de Armação de Búzios com pundonor
Homenageou-a, nomeando a Orla Bardot
De seguida a sua estátua
Estilizar mandou e ali à vista colocou
Em Armação de Búzios
A perpetuar a beleza ficou
De uma mulher, da mulher que o mundo emudeceu
A famosa cantora e actriz que ali amou
Outra mulher bela e bonita, de quem tem olhos para ver
A Sarinha também do sítio sempre gostou
Talvez menos agora que outrora
A linda mulher mãe“galinha” suas filhas ali a brincar levou
A Sarinha mulher sedutora com belíssimos atributos
Que também apresentou
Homenagem Armação de Búzios
Com a sua alegria e imensa beleza de mulher lhe tributou
Búzios e os veraneantes, nela também terão reparado
No seu brilhantismo reluzente, atraente
Ainda que de soslaio a terão adorado

Daniel Costa

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

POEMA QUANDO TE AMEI


QUANDO TE AMEI

Como aconteceu não sei
Vinhas da escola
O teu bonito olhar fixei
Nossos olhares se encontraram
Desde logo te amei
Pouco falámos
Vinhas sorridente da escola
Poucas vezes nos encontrámos
Estava mobilizado para a guerra de Angola
Foi um amor à primeira vista
Porém aguentou a ausência
De dois anos, o que julguei ser eterna conquista
Lembro bem o que dizias nas cartas que enviaste
Estimulavam o coração, à vista
Porém nova ausência
Foi embora o teu amor, a minha conquista
Não compreendi como aconteceu
Confesso, sofri desgosto
Meditei, andei como que zonzo
Acabei por procurar novo amor a meu gosto
Um desaire amoroso
Acaba por esquecer
Se vier novo amor gostoso
Não esqueci de quando te amei
Amar poderá ser tormento
Mas do novo amor gostei

Daniel Costa


domingo, 16 de outubro de 2011

POEMA DORA

POEMA DORA
 
Mulher serena que se adora
Como se isso não bastasse
Tem o nome de Dora
Bonita discreta
Caminhando em “souplesse” embora
É de Ponta Grossa
Do belo Departamento do Paraná
Cuja capital é Curitiba um destino
Cidade do maior que há
O seu Folclore é mimo
Apreciava a Dora
Acontece há muito, como um destino
A mulher é como uma aurora
Naquele norte diamantino
Aparece sempre serena
Mãe de outra linda mulher
Como a mãe terá um pudor de pequena
A cidade onde moram
A de Ponta Grossa
Como os seus naturais a adoram
Chamam-lhe Princesa dos Campos
Quem lá mora, assim como a Dora
Configurará um ramo de crisântemos
Simples como uma amora
Tem apelido de Vieira
Será assim essa mulher
Integra de serenidade inteira
O seu porte me fascina, aqui e agora
É um prazer e um gosto
Entender ter uma amiga selecta como a Dora

Daniel Costa

sábado, 15 de outubro de 2011

POEMA FÉ

 
POEMA FÉ

À fé de quem sou
Morar em Lisboa
A minha alma imaginou
Não era devaneio, era sonho
Acontecerá sempre o que sonhou
A fé será sempre uma tábua
Que nos livrará
De mal, de qualquer mágoa
O que sonhamos com fé
Acontecerá, com a pureza da água
Se sonhamos sem fé pura
Podemos esperar
Uma vida de amargura
A fé do sonho
Livrará do pesadelo
É a procura da pureza
Como se fora um modelo
Ter fé, viver a sonhar
Será viver a construir com fervor
Viver um sonho de amar
Sonhar com amor
Sonhei com a vida de Lisboa
Um dia cá cheguei
Não foi à toa
Diria até que programei
Ter fé importa
Ainda que vivamos alguma agrura
Um dia a doçura bate-nos à porta
Cá estou na minha sonhada Lisboa
Junto ao Tejo
O belo Rio, que mirou vielas, o da canoa
Que bem podia ser emblema
De proa

Daniel Costa


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

POEMA FALECEU A GLÓRIA


FALECEU A GLÓRIA

Foi em sete de Fevereiro o nascimento
Dia de mil novecentos e quarenta e cinco
Como foi a dia não recordo, apenas o envolvimento
Do acto, da loja da Tilde e do açúcar
Ficou ali sede de mais uma senha de racionamento
Dos que a Grande Guerra ocasionara
O único que havia no momento
O quarto rebento teve registo imediato
O necessário para ter direito à senha
Que para o agregado era um preciso acto
A senhora que era então bebé faleceu
Em dezasseis de Setembro foi facto
De dois mil e dez feneceu
Triste lance dos que a vida sempre reserva
Um momento triste que condoeu
Fui recordando no que a memória me preserva
Ali na, na cidade de Peniche, aldeia da Bufarda
Sentado junto a igreja da terra
Da Senhora do Rosário, de grande religiosidade
Na extensa Rua, hoje do mesmo nome
Rememorei actos dessa tenra idade
Aquela Rua então térrea
Está alcatroada como a de uma cidade
Onde circulavam carros de bois
Rebanhos de caprinos de verdade
Os campestres e humanos assobios
Eram um louvor à campesina felicidade
De repente do torpor acordei
Tinha percorrido já toda a Rua que dá ao Casal Maio
Tinha-se finado a irmã Glória, ali ficou, eu sei
Um infausto acto que vivi
Jamais esquecerei

Daniel Costa

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

POEMA ESPERANÇA


ESPERANÇA
Sendo a esperança
Uma das virtudes teologais
Jamais podemos perder essa herança
Que passou pelos nossos pais
Se directamente não ensinaram
A viver com ela
Testemunhos deixaram
Devia ser última das virtudes a perecer
Seria a esperança
Então a última a morrer
Perde-la portanto
Terá de um dia acontecer
Lutemos sempre sem parança
Temos tanta coisa bela
Nunca percamos a esperança
Apesar de tudo o que aconteça
Tanto mundo para esperar bonança
Tanto horizonte nos pontos cardeais
Onde a beleza podemos enxergar
Ainda temos os azimutes colaterais
Não tenhamos falta de esperança
Vamos olhando a beleza do mundo
Tenhamos a paciência de esperar mudança
Não ao desespero
Esperemos por bonança
Ela virá confirmar
O valer saber
Conjugar o verbo esperar

Daniel Costa

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

POEMA SOFRER POR AMOR


SOFRER POR AMOR

Podemos todo o mundo amar
Até mesmo o universo
Apenas um amor faltar
Porém, amemos este mundo controverso
Se o mundo é cruel, necessita que o amemos
Vamos esquecer ingratidões
Temos um planeta para amar, por ele com amor lutemos
Lutemos com amor e denodo
Apelemos serenos
Ao Senhor do universo
Para que cada dia mais amemos
Que o nosso coração nunca fique empedernido
Nem que os elementos
Se movam, para ver como se ama, sem ruído
Perece ser pagar um penhor
Muito amar
E sofrer por amor
Porquê esta paixão
Este desamor, meu Senhor
Se todo o mundo é irmão!...
Proliferam invejas e ódios
Também a calúnia
A inveja e ingratidão como se aí encontrassem pódios
Ainda a falta de solidariedade
Demos exemplos de amor
Sofremos mas amemos de verdade

Daniel Costa


domingo, 9 de outubro de 2011

POEMA SONHO DE VERÃO



SONHO DE VERÃO

Aconteceu numa noite de luar
Dei por mim longe do mundo terreno
Estaria a sonhar
Estava no espaço sideral
Como um ser espírita
Numa reluzente galáxia afinal
Ali encontrei um amor atraente
Como uma lapidada safira que senti real
Deslumbrado fiquei
Com a luz que emanava do sonho divinal
A mulher que encontrei
Dedicava-me um amor de verdade
Límpido como ela jamais amei
Neste mundo terreal
A luz, a sensualidade deslumbrante
A constante manifestação de amor
Faziam dela a apetecível mulher amante
Sonho de Verão
Vida acentuada por grande amor
Desde então assola-me o desejo de união
A mulheres sensuais e bonitas
A minha grande ilusão
Continuarei a aguardar
Novo sonho de luar num qualquer Verão
Queria voltar
A sentir essa agradável sensação

Daniel Costa