quinta-feira, 24 de outubro de 2013

POEMA AMOR NA CARAVELA



AMOR NA CARAVELA

No longínquo mar, o poeta não esqueceu a ela,
Em longínquos séculos,
Amor na caravela!
A localização do amor era de cálculos,
Porém sempre o poeta vela,
Desde a aurora e sempre, sobretudo nos crepúsculos,
Quando o amor mais se lhe revela,
Nos inflamantes e morosos círculos,
Amor na caravela!
As velas ao leu, com e sem obstáculos,
De forma magistral a pensar na observação da viela,
Onde ela passava, se bamboleava, a parecer tabernáculos,
O coração batia, na esperança de voltar a vê-la,
O ciúme entremeado de confiança, os amores tornava másculos,
Amor na caravela!
O poeta marinheiro, quiçá de pensamentos e maiúsculos,
Descia ao porão, com esses pensamentos fixos na donzela,
Que no seu íntimo, o esperava como vínculos,
 Sempre sonhava com a viela,
Como se fossem oráculos,
Amor na Caravela!
Amor naqueles habitáculos,
O rei e Deus ordenavam, se chegasse com as velas,
Aos pináculos, se fizessem séculos iméritos,
Seria o modo da cristandade, ser feita de novela,
Novela da miscigenação, tentáculos,
Amor na caravela,
Na altura, amar era pecado, mas o poeta viu bem os vínculos,
Como o amor actual, os revela,
Eles ficaram como veículos,
Ficaram, como factual manivela,
A demonstrar que o amor também viajou na caravela!
Amor na caravela!
Amor na caravela!
Amor na caravela!

Daniel Costa
 
 

POEMA VOCÊ É LUZ






VOCÊ É LUZ     


O seu olhar me seduz,
Também o seu sorriso,
Você é luz,
O seu sorriso, a dar a ideia de siso,
Tudo isso na minha alma se introduz,
As minhas vibrações pessoais realizo,
Você me seduz,
É a hora de mostrar tudo o que finalizo,
O azul sob o arco, na minha mente se introduz,
Rogar aos deuses, é preciso,
Adora-los pode servir de capuz,
Deixo-me levar pelo coração, friso,
Embora possa parecer andaluz,
Jamais me atemorizo,
Ainda que em contraluz,
Poderei ser conciso,
Porque tenho a você, que reluz!
Poderei afagá-la mesmo de improviso,
Você é de truz,
Fonte do meu riso,
No areal, como os índios ateus,
Vale o seu corpo impreciso,
Se você é luz!
O seu e o meu querer, viso,
Sem preconceitos, à média luz,
Construiremos um paraíso,
Em sonho que induz,
Induz a amar, indiviso,
Você é luz,
A luz do sonho, paradisíaco que preciso,
Você é luz! 
 
Daniel Costa


POEMA AMOR NO ESCURO



AMOR NO ESCURO  
 
Fruto maduro
Pensamento, catavento
Amor no escuro
Será talento?
Amor sem perjuro,
Ou será relento?
Ou amor tesouro?
Nada disso! Alento!
Alento de índio ou de mouro,
De promissor rebento
Amor de ouro
 Deixar-se-à enxergar, sendo bento
Como os anjos é louro
É assim que me oriento
O escuro, ou obscuro
Será um advento?
Em nenhum momento o descuro
O atiçar-me, como alimento
Procurando um ancoradouro
Vou até praia, a barlavento
Tentado descobrir esse amor vindouro
Sem espavento
A mulher que encontrei pareceu o futuro
Mulher bonita a parecer deusa de convento
Eu não ciumento, imaturo
Ela pareceu atraente condimento
Amor de futuro
Mirei-a com deslumbramento
Imaginei amor seguro
Até para casamento!
Amor no escuro
Amor e talento
Amor no escuro!
 
Daniel Costa

 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

POEMA RUY DE CARVALHO


Ruy de Carvalho, o personagem de braço esticado, se entregou a um dever cívico. Foto de Daniel Costa.

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RUY DE CARVALHO


Não foi em Vila Nova de Ficalho,
Foi na freguesia de Ereira, mais a norte,
Que para a posteridade, fiquei em foto com Ruy de Carvalho,
Ereira dos arrozais, das margens do rio Mondego, que sorte!
É freguesia de Montemor-O-Velho, não é seu atalho,
Apesar do grande Senhor, de intrínseco porte,
Quer como homem, como actor, de grande cabeçalho,
Foi muitos anos meu vizinho de Benfica – Lisboa, feliz estandarte,
Aqui já o poeta-jornalista conhecia, seu brilho,
De almoçar no mesmo restaurante,
De estar, ao mesmo tempo, no jornaleiro, a parecer trilho,
Quis o Deus Senhor, o grande valor, que no Encontro surte,
No grande Encontro de Escritores da Lusofonia, sem chocalho,
Assim mesmo, entre escritores, dá nas vistas, é figura de suporte,
É exemplo, de bondade, é como estar ali o orvalho,
O orvalho de Céu, estandarte!
Ruy de Carvalho!
Figura de outro planeta, talvez de Marte!
A parte deste rectângulo não merece, o tomilho!
Que de mão beijada, é da representação um baluarte!
Pode dar lições carismáticas de sincera bondade, brilhante ladrilho!
Grandeza, a que junta humildade, saborosa tarte,
O fenomenal actor, há muito o poeta o tem como Bíblia, como Evangelho,
O homem de estrutura mental forte,
Bastantes, o segurarão como baralho.
Eu poeta testemunho já o seu esplendor, sem desnorte,
 Terceiro Encontro de Escritores da ECODE, um trabalho!
A que se doou, sem interferir, como suporte,
Ruy de Carvalho!
Personalidade de actor de vincado porte! 

Daniel Costa

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

POEMA CHICA TAZZA





CHICA TAZZA  


Com enorme capacidade ela arrasa,
É como um fenómeno do Entroncamento,
Chica Tazza,
Eu explico, à Chica a quem desejo falar de momento,
O entroncamento é cidade em que os comboios se encontram em pausa,
Raridades fenomenais fazem da cidade monumento,
Onde não há coqueiros em causa,
Onde a Zé Valério, terá cantado, “meu amor é italiano” em tempo,
Chica Tazza,
Entendeu ir ao nordeste, sem espavento,
Mas dinâmica, como é, as amizades, serão causa,
O mundo dos bebés e da petizada, também foi argumento.
Porém as praias, foram sonhadas em casa,
Viveram e de tudo, usufruíram ao momento,
A urbanidade, se fez sentir calorosa, com calor de brasa,
As cálidas águas apelaram ao sentimento,
Depois passaram no restaurante, que o apetite arrasa.
Seu Kiko se colocou entre duas constelações, um espavento!
Duas constelações, do firmamento da blogosfera, que abrasa,
Encarnada em duas mulheres de talento,
Por agora, apenas falar na Chica quero, que viajará no Picasa,
Essa mulher de aspecto feliz e airosa, como epicentro,
De versatilidade extravasa,
Chica, a senhora do senhor Tazza,
O seu amor italiano, Chica frisa!
Chica Tazza! 


Daniel Costa

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

POEMA AMOR DE CRISTAL


 
AMOR DE CRISTAL

Amor frontal, de todo leal,
Vindo de tempos ancestrais,
Amor de cristal,
De antes das famosas catedrais,
Amor de pedestal,
Figurativo, digno de vitrais!
Amor celestial,
De dimensões astrais,
Augustal,
De azimutes, mesmo, aurorais,
 Como se olhasse um giestal,
Estava nestas cogitações, gerais,
Reparei numa mulher bela, como uma vestal,
Com olhares magistrais,
Diria, cerebrais!
A desejei, me pareceu ser fenomenal,
Vestida de vermelho, olhos brilhante, a parecer corais,
O encontro foi acidental,
Porém, mexeu com os meus músculos centrais,
Amor de cristal,
Desde logo me pareceu, ter ganho jograis,
Ter ganho o amor imortal,
 A conquistaria e passearia por roseirais,
Como mulher uma rosa, seria para ela fundamental,
Estava junto a um ramo dessas flores, ornamentais!
Amor de cristal,
Oh deusa! Que o meu coração elegeu, em termos naturais.
Amor de cristal,
Amor de límpidos cristais!

Daniel Costa

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

POEMA REGILENE NEVES




REGILENE NEVES 

Como porcelana de Sevres,
Culto da texana cidade de Abilene,
Podemos ver assim Regilene Neves,
A mulher elegante ou, simplesmente, a Regilene,
Os registos da sua nobre vida não são leves!
Se bem vistos, o seu pensamento é solene,
Solenidade dos antigos almocreves,
Agilidade mental em jeito de sirene,
Trejeitos de positivismo eficazes, esvoaçam breves,
Depois faz finca-pé em Goiânia, perene,
A poesia e a vida molda, em jeito de ourives,
Como o titulo do bispo de Mitilene,
A figura que está Lisboa, não nos Algarves,
A viver a fidalguia de gene,
Grita: O QUE TRAGO NA ALMA, sem entraves,
 Gostaria de ver na vida de todos e da Irene!
Numa união, das felizes e suaves.
Que o mundo serene!
O nosso mundo da lusofonia, a passar pela cidade de Chaves.
A Áqua Flay dos Romanos, que seu rio se iguale ao Cunene,
O caudal moçambicano, em tudo leve, como as aves,
Que de Lisboa, se sinta a Brasília, do planalto, em ultraleve!
Que o bafo de vigor continue a se fazer sentir em Regilene Neves,
A sua esbelta figura, seja para sempre solene!
Que o seu coração sinta sempre, positivismos felizes,
Eu poeta, com sentido de esteta, desejo de Regilene,
Que o nosso encontro, não seja fugaz, pedirei aos Supremos Juízes!
Lutemos para que, entre Brasil e Portugal, reine a fraterna união, Regilene!
 Ergueremos sempre a sinceridade das nossas raízes,
Regilene – Regilene!...


 Daniel Costa

terça-feira, 8 de outubro de 2013

POEMA AMOR DE BRANCURA



AMOR DE BRANCURA  

Que candura!
Há numa mulher a caminhar,
Amor de brancura,
Com um vestido branco a drapejar,
Que fixação e loucura,
Pode prometer aquele olhar?
Passo por ela com brandura,
Para ninguém notar,
Guardo a mesura,
Ao deixar-me ultrapassar,
Porém, elevo a minha postura,
 Aquele vestido banco, aquele branco colar!
Que ternura!
A fazer-me soçobrar,
Caminho na sua cola, só vejo doçura,
Luto para me equilibrar,
A lucidez perdura,
Deixei de a avistar.
Essa mulher, que me arrastava para a tremura,
A voltei a encontrar,
Amor de brancura.
Já sentada, por magia, me parecia esperar,
Em mim, voltou a ternura,
O grande desejo de a conquistar,
Amor de brancura,
Te vem doar!
Se necessário, a teus pés faço uma jura!
Amor de brancura!

Daniel Costa