sexta-feira, 29 de novembro de 2013

POEMA MULHER EXÓTICA












 

MULHER EXÓTICA

Teoria ou não axiomática
Sempre vi a mulher como uma flor
Ainda que mulher exótica
Será sempre tentáculo de amor
A ideia do poeta não é quixótica
Por quem és, Senhor?
Falo duma mulher poética
Pratica a poesia no éter, com fervor
Tereza Maria, de mente estética,
Humaniza sem destemor
Mulher que pensa poesia cromática
Característica, de tecnicolor
De vestido azul, apoteótica
Lhe acrescentando valor
Mesclado de branco e negro a dar boa ótica
O verde como cenário, bonito pendor
 O dedilhar da viola, a tornam artística,
Livre e autêntica, dos deuses favor!
Mulher exótica
Mulher versicolor
Para a comunicação acústica
Sentirá pendor
Da formação juvenil, é académica
 Exerce real labor
Mulher de beleza exótica
Tereza Maria é bonita, beleza de louvor
 Mulher exótica,
Visão poético-fotográfica de auditor!
Mulher exótica!
 Mente humana, mulher amor!

Daniel Costa

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

POEMA AMOR CONSAGRADO



AMOR CONSAGRADO   
De virose fui tomado,
De amor benfazejo,
Amor consagrado
Grande desejo
Saí vivificado!
De amor sertanejo
Amor unificado
É o que almejo
Amor santificado
Em jeito de solfejo
Só falta ser musicado
Em forma de permanente desejo
Que esse nunca fique adiado!
Por qualquer bocejo,
Bocejo extraviado
Vale mais ter o ensejo,
De ver o ser amado
Amar a mulher que vejo
Ver o seu e o meu mundo devotado!
O amor revejo,
No seu colar amarelado
Acima dos seus brincos o verdejo
De um amor sussurrado
Oh… O amor que prevejo!
Estar sempre a meu lado
Por deuses e deusas, eu protejo,
Para sempre, o amor consagrado!
No varejo…
Amor consagrado!

Daniel Costa

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

POEMA QUENTES E BOAS




Foto Daniel Costa

QUENTES E BOAS



Pelo S. Martinho são broas


Pelo S. Martinho vai à adega e prova o vinho


Quentes e boas!


Pregão que soava, como azevinho


A cada esquina, da Graça a todas as Madragoas,


Começa ainda antes do dia de S. Martinho


Quentes e boas!


A estalarem na brasa, a provocarem o gostinho!


Diáfanas


Antes adivinho


Quentes e boas


Desta Lisboa pergaminho


Vão-se tornando memórias,


De carinho


Quentes e boas


Agora dentro dum saquinho,


Antes em jornal embrulhadas


Para se manterem no quentinho


Quentes e boas!





Daniel Costa

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

POEMA AMOR AO QUADRADO




AMOR AO QUADRADO 

Amor de vestido estampado,
Beleza subjacente
Amor ao quadrado
Quadrado, infinitamente, presente,
Presente, deslumbrado!
Eternamente, intermitente,
Agora e sempre acetinado,
Sôfrego, polivalente,
Que, perante o ser amado, seja notado!
Joguei sempre nessa vertente,
Como se fosse sempre Natal, vivia ornamentado,
Fui bivalente, atrevidamente,
Vivo num sonho doirado,
Apaixonadamente,
Deslumbrado,
O meu amor a tornar-se consistente
Mulher altiva, vestido do meu agrado,
Silhueta de mulher atraente,
Eu sugestionado,
A parecer vidente,
Vidente apaixonado,
Apesar de a ver altiva, me olhou candidamente,
O seu rosto me pareceu já enluarado!
Assim a pude olhar discretamente,
Ao amor dela estava subjugado,
Por essa bela, o meu amor era latente,
Se esse amor fosse conquistado,
Suspiraria, ele seria de todo subsistente,
Para sempre eu ficaria enamorado,
Promitente!
Amor ao quadrado! 

Daniel Costa

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

POEMA AMOR DE TABERNÁCULO




AMOR DE TABERNÁCULO    

Bonito crepúsculo,
O de climas tropicais
Amor de tabernáculo,
Também seria o das guerras coloniais!
Onde o pequeno tabernáculo foi espetáculo
Cada batalhão integrava seu capelão, não mais,
Guardião de um desse habitáculo,
Que a cada Domingo assentava arraiais,
Em diferente cenáculo.
Testemunhei, vivenciei, com os demais,
Tabernáculos eram quadriculo,
Cerca de dezena e meia de anos por matagais,
No presente, avistei com binóculo,
Atraentes mulheres: virgens de antigos rituais!
Não tive dúvida em eleger uma, amor de tabernáculo,
Estava num sonho dos reais,
Sonho, maior que maiúsculo!
Pressagiava amores cerimoniais,
Até ali humilde poeta, depois másculo,
Aproximei-me em passadas, incondicionais,
Muito desejei, da linda mulher um ósculo,
Ainda que, com ela em poses horizontais!
O amor dela desejei, como pináculo,
Aquela beldade, ao meu coração deu sinais!
Apaixonei-me, sem sentir obstáculo,
Sem sentir pecados veniais,
Amor de tabernáculo,
Amores de créditos e conceções de vitrais!
Amor de tabernáculo! 

Daniel Costa

domingo, 10 de novembro de 2013

POEMA VIDAS NOTURNAS

 

 
VIDAS NOTURNAS  

Por vezes oportunas
Nelas se vai em procura de relaxar
Vidas noturnas,
Perfume de lua e luar!
Para bastantes, são soturnas,
Esperando o sol do dia para mendigar
Mundos de mares encapelados às centenas
Foi apenas um lembrete, a recordar!
Pensei levar-te aos fados, hoje coisas modernas!
Deixemos por um dia, casos a lastimar
Mostrar uma mulher linda, outrora das esbeltas amazonas
Nos vamos emocionar!
Escutando o fado em vozes, ora fortes, ora mornas
Como rãs a coaxar,
Com as nossas atitudes fraternas
Atitudes romanescas, com que ela me vai puxar
Ambiente como o das cavernas;
Ouvir o fado à luz das velas, é de repuxar
Com ela a primar por atitudes ternas
Embevecido a apertei, ela a sentir-se bem, estava a atinar!
Eu e ela já não queríamos velas, nem lanternas
Só de amor, nos queríamos adornar
Seu bonito vestido de estampados, curvas internas
Que desejava beijar e fixar
Vidas noturnas,
Havemos de afinar e o fado cantar
Vidas noturnas!
 
Daniel Costa

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

POEMA AMOR POLIVALENTE



AMOR POLIVALENTE

Amar é previdente
Será assim como gostar de flores
Amor polivalente
Amor maior, de todos os amores
Jamais será displicente
Amar comporta todos os ardores,
Ardores de que é proveniente
Amemos sem temores
Vivemos hoje, baseados no antigamente
Amores polivalentes são invulgares
Caminhava de amor ardente
Entre sebes e flores, a parecer malmequeres
Me deparei com um arbusto, encimado de brancura, evidente
Sobre as flores, outra flor, cena das salutares
Era uma flor de mulher sorridente!
Curvada, parecia de outros patamares
Como se não fosse deste mundo, parecia vidente
Era de amores e primores
A olhei prudente,
Prendi nela os meus olhares,
A idílica visão senti em jeito de presente!
 Ver a ela e mais as flores,
Pareceu-me coincidente
Bucolismos salutares
Flores e junto uma estrela florescente!
O que os meus olhos viram, céleres,
Amor polivalente,
Amores nucleares,
Amor polivalente!

Daniel Costa