segunda-feira, 30 de maio de 2011

POEMA GALÁXIA PARA AMAR



GALÁXIA PARA AMAR

Olhei a luz do luar
Sonhei e bastante meditei
Porque não encontrar uma galáxia para amar?
Então veio à mente
Suave e de mansinho, diria devagarinho
Depois num repente
Ocorreu-me a mitologia
Entre muitas figuras
Um Pégaso havia
Porque não recuperar o que teriam sido loucuras
Ainda nem se pensaria em Bartolomeu de Gusmão
Nem na sua Passarola Voadora na insistente procura
Menos no balão
Experiências continuaram
Até chegarmos à era do Foguetão
Sempre se amou
Se manteve o sonho e a ilusão
Podemos tentar chegar a outra galáxia
Onde possa haver novo amor de paixão
Vamos tornar mais alvo o amor
Onde se possa lutar por uma mais salutar união
Onde não haja perversidades
Onde chegue o luar da satisfação
Para todas as idades
Tentemos aceder a outra galáxia
Talvez cruzar o espiritismo
Lutemos pelo sonho de um mundo recto
Evitemos o abismo
Um mundo sensato e melhor,
Sonho de amor e não lirismo
Colonizar outra galáxia
Sonhos de amor ainda que num mundo do espiritismo

Daniel Costa


sexta-feira, 27 de maio de 2011

POEMA FESTA DA VIDA

     

FESTA DA VIDA

Com mente honesta
Jamais tenhamos receios
A vida vivida é uma festa
Festa da vida como em recreios
Queria contar esta
Completo, a vinte e seis de Junho de 2010, dez anos
Perguntarão: Como?
Responderei: Não há enganos
Faço-os na minha segunda encarnação
Já que serei das almas raras
A ter neste século uma ascensão
Adoro a vida
Aconteceu milagre, devo ter ainda uma missão
Sempre procurei a verdade
Sem maldade, terei nascido para criar desunião
Assim parece, será o meu optimismo
A estabelecer a desunião?
Não haverá rotura com o pessimismo?
Nos meus novos dez anos
Um milagre, não devia suscitar humanismo?
Apesar de tudo, sempre darei graças à vida
Não criei o abismo
Mas se nunca estive triste
Também nunca vivi de lirismo
Quem não deseja amar
Participar do meu grau de optimismo
Me deseje todo o mal do mundo
Poderá contribuir
Para um gosto de viver mais profundo
Amar sempre a humanidade, o universo
Aceito o desafio, a minha glória será essa
Deixar passar um modo perverso
Uma mentalidade complexa
Dez anos mais, a irmã morte me concedeu
Agradecerei, minha glória será sempre expressa
Viverei, não abdico do meu eu
Enquanto a vida me for consentida
Os deuses deram-me segunda oportunidade
De os louvar com a festa da vida
Viverei com fraternidade

Daniel Costa


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quinta-feira, 26 de maio de 2011

POEMA TRAGICOMÉDIA


TRAGICOMÉDIA

Há quem faça da vida tragédia
Passa por ela como por uma desgraça
Porque não inventar dela uma tragicomédia
A magia até tem graça
Vivamos com amor e tranquilidade
Alguma cena ruim com o tempo passa
Se a olharmos mais como tragicomédia
Momentos haverá que a vemos como ave que esvoaça
Olhem: Ali anda ela despreocupada em círculos
Vejam a sua sensatez cheia de graça
Reparando bem, a vida é híbrida
Como uma tragicomédia que em representação passa
A hibridez a tornará menos insípida
Como actores saibamos esperar os momentos de graça
Viver é como fazer parte de uma peça
Há que ter de esperar a deixa da viragem
Que o actor nunca se esqueça
Saber viver não é adiar a boa aragem
Lutar para que o bom lance aconteça
Não é esperar sentado
A lamentar a ausência
Olhando a miragem do rei desejado
Tragicomédia
Se a soubermos interpretar
Saberemos integrar o tempo de comédia
A vida terá muito de indómito
Saibamos vivê-la sem a ver como tragédia
Que seja dura e de passos ruins enfim
Terminará sempre em comédia

Daniel Costa

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

POEMA NOSTAGIA II


POEMA NOTALGIA II

Recordar poderá trazer prazer
Nostalgia o gosto pelo passado
Recordar, dizem ser viver
Se este em, certos lances foi amado
De nostalgia não se vive
Pode apenas configurar período doirado
Espaço de tempo feliz
Na vida que desejamos longa foi adorado
Podemos ao recordar, sentir a ligeireza da nostalgia
Enquanto olhamos em frente
Com o olhar fixo neste mesmo dia
A nostalgia é, passado vivamos o presente
Registemos histórias
O amor sempre atento
Sempre aprendendo, guardando memórias
Olhemos as novas gerações
Como nos ensinam!
A movimentar botões
De repente a vida vai deslizando
Como uma imagem de magia
Vivendo a fazer tributo à vida
Recordar com um pouco de nostalgia
Sem pensar regressar ao passado
Usemos a moderna magia
Ser de natureza nostálgica
Jamais gostaria
O mundo gira e avança
Entremos no que os deuses criaram novo
Encontremos alegria na moderna dança
Sempre alegres e contentes
Confiantes e com esperança

Daniel Costa

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sábado, 21 de maio de 2011

POEMA VIELAS


FOTO: Internet

FOTO: Daniel Costa

POEMA VIELAS
Saíram das velhas vielas afinal
Os anónimos marinheiros
Viajaram em caravelas por sinal
Nessas cascas de noz
Desvendaram o mundo, enalteceram Portugal
Comandados por muitos nomes sonantes
Homens de fibra sem igual
Vasco da Gama e muitos mais
Cito aquele que aportou ao Brasil, Alvares Cabral
Não esqueço Fernão de Magalhães
Toda uma gesta de grandes navegadores
Em majestosos versos evocados por Camões
Não esqueço Fernão Mendes Pinto
Um homem de aventura e talento que legou às gerações
A sua capacidade de lutar pela sobrevivência
Deviam sempre vivificar como grandes lições
As vielas continuam à beira Tejo
Para manterem as ilusões
Das riquezas que tivemos ensejo
Actualmente criaram-se outras vielas
Na cidade que já foi capital do mundo
Jamais tiveram brilho as novas sentinelas
Por onde viajámos havendo excepções
Teremos esgotado o valor das vielas
Ficou um mundo de decepções
Não tenhamos medo das verdades
Que a muitos parecem papões
Quem tem medo dela é porque mentiu
Faça-se justiça, parem com chavões
Não só evoquemos grandes nomes
Havemos de ter sonho e talento, não vivamos de ilusões
Vamos de novo engrandecer o país
Sem mediocridades, demos de novo a lição
Com justiça, ajudemos a criar um universo grandioso
Onde tudo possa amar como irmão

Daniel Costa

sexta-feira, 20 de maio de 2011

POEMA SINDROMA DAS DECÁDAS



SINDROMA DAS DÉCADAS

Períodos indelevelmente vincados
Analisando por etapas, por décadas
Anos zero apareceram marcados
O zero transacto não é desejável a ninguém
Numa aventura inédita saltei a uma segunda encarnação
Consegui regressar do além
Estou assim na idade de dez anos apenas
Apesar da proeza, desejo amar o mundo sem desdém
Vivendo o sindroma dos meus períodos de décadas
Sempre me senti muito bem
Nas centenas de trabalhos
Em que utilizei inúmeras ferramentas
A começar por foices e enxadas
Esses jamais foram tormentos
Mesmo quando passei o tijolo ou a pedra lascada
Sonhei sempre e mantive o sonho
De breve conhecer a terra já arada
Sindromas das décadas
Alguns períodos podem parecem abismo
Prevaleceram e continuam os sonhos
Mente de eterno optimismo
Por amor do mundo, por esse amor profundo
Não navego por mares de tibieza, luto por realismo
Serei menos bem compreendido
Isso jamais me afecta
A capacidade de luta teve sempre sentido
Apesar do sindroma das décadas
O que desejo da vida está bem definido
Adoro esta, que amo a fundo
Lutar por mim, é ardor não um fim
Desejo sempre poder dizer: amo todo o mundo
Adoro viver assim

Daniel Costa
 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

POEMA AMOR AZUL

Foto: Daniel Costa 10/06/2010

Foto: Internet

AMOR AZUL

Jamais se saberá a cor do amor
O amor dito verdadeiro
Que se sente e ninguém sabe a cor
Chega anunciando-se ligeiro
Por certo será florido e azul
Viaja em todos os hemisférios
Pairará numa estrela do cruzeiro do sul
Aquele que apenas se insinua
Que viaja pelo mundo inteiro
Seu destino é procurar a luz da lua
Transportar na bagagem o sentimento
De fé, calor e optimismo
Pode ir de sul norte a cada momento
Amar pode parecer, mas não é lirismo
É a incessante procura da partilha
O coração presente
A luz que sempre brilha
O amor nunca se cansa
Poderá desfalecer por momentos
Vida dura em determinado passe de dança
Intensamente iremos tentar adocicar
A incerta andança
O jeito é o querer tonificar
Nem por um momento esquecer
Quem ama e deseja sempre amar
Seja como acontecer
Aconteça o mundo rodar
Sempre irá tonificar o amor azul
Sempre encontrará a sua estrela
Quiçá neste planeta, que se centrará a sul

Daniel Costa


segunda-feira, 16 de maio de 2011

POEMA FLORES, OCEANO E AREAL




FLORES, OCEANO E AREAL

Numa viagem passei num coval
Base de uma serra
Um majestoso cerro, chovia afinal
Depois a chegada a uma horta e jardim
Florido no grande quintal
Onde haveria dor
Junto ao majestoso oceano
Tonificante fragrância, odor
Foi já na época estival
Deu espaço de tempo
Convidativo a deambular no areal
Passagem por vários mares
Porém na praia do Baleal
Ilha da Berlenga à vista
Maravilhoso cenário, um mundo ideal
Mundo idílico aquele areal
Sempre junto à maresia da beira-mar
Do pequeno istmo do Baleal
Deu-se o regresso ao florido quintal
Daí regresso a casa, nova chuvada
Apesar da época estival
Foi um episódio de vida
Tudo como se fora natural

Daniel Costa
Fotos: 10/06/2010 de Daniel Costa


quarta-feira, 11 de maio de 2011

POEMA TELEPATIA

POEMA TELEPATIA

É comum haver empatia
Simpatizar com alguém
Gerador de aromas de telepatia
Deverá ser isso porém
Esse norte passa amiúde por mim
De repente, seja ontem ou além
Acontece muito, pensar na simpatia
Quando imagino alguém
Posso estar a meditar em telepatia
Em lances sonhados, depois gizados
De repente como que por telepatia
Aparecem concretizados
Alguém deu atenção com simpatia
Ontem aconteceu pensar
Em alguém com certa nostalgia
Nada menos que em duas longínquas almas
Ambas responderam, teria havido telepatia?
Mentes humanas, tranquilas e calmas
Vejo-as assim sem fobias
Mentes tranquilizadoras
Com simpatias a alegrar os dias
São reconfortantes
Amizades de mentes sadias
Não haverá dúvidas
Aparecerão como comandos de telepatias
Citar factos e nomes – não!
Porém existem enormes e recíprocas simpatias

Daniel Costa

segunda-feira, 9 de maio de 2011

POEMA INVERSO


POEMA INVERSO

Dirão ser controverso
Nada a fazer, é uma maneira de ser
Supersticioso só se for em relação ao inverso
Treze, dá-me a sensação
A interior opinião ser dia de sucesso
Desejarem-me mal então
Tanto melhor, é arrancada para o progresso
Um dia, era fim da jornada
Passei por uma viela da Lusitana cidade de Coimbra
A viagem de trabalho correra bem, sorria
Na viela uma cigana queria ler a sina
Dessa como penso o inverso
Mansamente, fui dizendo não à menina
Mirando-me vendo-me sorridente
Mais era incentivada e explorar a mina
Não, não e não
Creio que o fado é uma canção e não sina
Não, não e não, os factos são a minha razão
Teimava a garina
Eis senão:
Para afastar o possível mau olhado
Apesar de pensar o inverso
Do que muitos imaginariam desse fado
Travo de repente, seria controverso?
Olhe-me bem de frente, veja o meu ar de preocupado
Deseje-me todo o mal do universo
Foi em Coimbra onde também se canta o fado
A cigana calou e rodopiou no insucesso
A intenção ruiu
Sumiu no espaço, talvez no universo
Continuarei a acreditar
Foi certo, sorri do sucesso

Daniel Costa

domingo, 8 de maio de 2011

POEMA CELINA DA RIVIERA



                               

CELINA DA RIVERA

Se indagar por Santana do Livramento
A cosmopolita cidade fronteiriça do Brasil
É o mesmo que perguntar pela paz em monumento
Pela paz que reina também na fronteiriça Rivera
Do conjunto, podíamos dizer humano talento
Cidade junto do Uruguay, entre as duas reina a paz
Como se não fizessem parte de países rivais
Em dias que se juntam em sérios futebóis
Disputas em jogos de futebol nacionais
É deambulando pelas calçadas de ambas as cidades
Que podemos encontrar Maria Celina
Mulher, diria sedutora sem vaidades
Apenas mulher feliz com os filhos e eles com os pais
Com a sua vocação de dedilhar, de que é eximia artista
É o piano onde faz maratonas e mais
No seu acordeão, na sua guitarra
A performance prepara muito em casa
Depois como artista que é, adora a farra
Adora jantar fora, como um ritual da noite
Da cidade da outra fronteira onde se sente galharda
Olha o monumento à paz
Como passeia no Uruguay, na Rivera
No Brasil, em Santana do Livramento o faz
Maria Celina, pode ser encontrada
Naturalmente, com amigos e familiares
Passa uma grande artista, do “métier” uma fada
Uma mulher, uma amiga encantadora
Uma grande e interessante mulher
Não para ser fascinante nem arreliadora
De certo para exibir o natural encanto
Maria Celina sabe ser mulher sedutora
Adora-se a Maria Celina Freitas Morais
O nome parece muito português
Terão nascido em Portugal seus ancestrais?

Daniel Costa


sexta-feira, 6 de maio de 2011

POEMA CINEMATECA DA MEMÓRIA


CINEMATECA DA MEMÓRIA

Como um prontuário retenho tudo como glória
O meu pensamento é como um repositório
Cada momento ficou retido num recanto da memória
Vida bastante vivida se alonga, é como numa cinemateca
Ainda que seja sofrida retém a minha história
A vida é feita de momentos, que um optimista guarda como bons
Como a partida para momentos de efémera glória
Como partidas para momentos bem vividos
No fundo é na aventura que se fundamenta a minha história
Aconteceram-me momentos um pouco cinzentos
Momentos dolosos, que ficaram como vida ilusória
Momentos vividos, que não são esquecidos
Não servem, porém para escrever a minha história
Fizeram parte da vida sim!
Nunca tornaram a vida inglória
Recordo essa diva, vivi-a talvez com lirismo
Nunca dispus de tempo para estar triste
Estarei a viver num mundo bonito, esqueço qualquer abismo
Não creio viver um milagre
Mais que ninguém, deuses meus, nada de eufemismo
Apenas poderei acreditar no milagre do querer
Na capacidade de sofrimento
Do irreprimível desejo de sempre amar a vida e viver
Amar a vida em cada momento
Ir guardando na cinemateca da memória
O acumular mais beleza é da minha própria natureza
Acumular mais belos episódios na minha história

Daniel Costa

quinta-feira, 5 de maio de 2011

POEMA MILAGRE DA VIDA


MILAGRE DA VIDA

Na vida há uma estrela que nos guia
Demos-lhe o tom brilhante
Façamos dela o milagre de cada dia
Conservemos na mente esse tom cintilante
Façamos dela uma tela de cor bela
Aos nossos olhos sempre brilhante
Possuir A força do querer
O brilho e a rijeza de lasca de diamante
Que o nosso amanhecer seja uma alvorada
Que o sol no horizonte
Desenvolva novo milagre
Como o que vislumbrámos ontem
A vida será mais fácil por certo
Porque havemos de a complicar?
Complicar como um deserto?
Lutemos com o brilho da esperança
Espreitemos o oásis, o milagre por perto
Os deuses estão em nós, no nosso querer
É esse o dogma, o milagre
Que existe em cada ser
A luta, a fé, a esperança, a confiança
O milagre da vida, do viver alegres
Esperemos o novo dia
A nova beleza da aurora a alvorecer
Do novo dia de amanhã
Um novo milagre de viver

Daniel Costa

terça-feira, 3 de maio de 2011

POEMA NINHOS E PASSÁROS


NINHOS E PÁSSAROS

Com o mundo animal irracional
Excepção para os passarinhos
A vasta relação não terá sido normal
Dos pássaros procurei ninhos
Um dos brinquedos de quando garoto
Os pássaros degustar fritinhos
Depois de achar e cuidar dos ninhos nos vinhedos
Não pensem mal
Na época, no lugar e no tempo
Tenra idade, tudo foi normal
A sensação de aventura
Viver no e do reino animal irracional
Não havia animais de estimação
Começo: aquando muito garoto
Era Domingo, visitava um tio
Fui abordado pelo cão de guarda, o piloto
O guardião retraçou-me a roupa de fio a pavio
A mãe vestia-me a preceito
Antes de entrar na casa do tio
Houve que retroceder, esconder o peito
Os encantos passaram a ser plantas, o fio
Onde chilreavam passarinhos, fazendo efeito
Na serena Primavera,
O seu canto, seus ninhos,
Tornavam o mundo um sonho, uma quimera
A fazer sonhar, debaixo da grande figueira
Um melro de bico amarelo
Juntava-se às aves de capoeira
No mesmo recipiente água aparecia a beber, o marmelo!...
Visando apanhá-lo e aprisioná-lo numa gaiola
Construí uma armadilha
Apanhá-lo vivo consegui, deuses!... como fui artola!
Preso entristeceu, a tremer como pilha
Deixou de ser belo, bonito
Até que… de tristeza morreu
Seu destino foi ser deglutido frito
O seu destino foi o natural

Daniel Costa