NATAL À CONVERSA COM DEUSES
Intuí, e vós com as vossas evasivas tosses!
Mais arreigaram a minha mente
Natal à conversa com deuses!
Questionei: porque acerrimamente?
Desconstruis como vos aprouvesses
Mesmo que anonimamente
Como se um pastel de Belém vós roesses
Vós já reparaste no aparato que claramente?
Claramente, a pregar, como o mundo abrangesses?
As boas novas faltam como fica evidente
Vós tendes, ministros com mansões, como se as construísses
Grandes aviões, tudo polivalente!
Mas vós existis ou estais no além como se te entretivesses?
Entretivesses no gozo, no jogo de ver o povo depreciativamente
Fazeis o quê? Viveis a atiçar algozes a quem, por vós, o mundo corroesses?
Oh deuses! Vós estais a destruir a moral do mundo lentamente!
Para o contrariar nada fizeste, nada obstruísses!
Os vossos fiéis degradam, o que podem, afincadamente
O que fazeis vós? Que não seja contabilizar as vossas benesses!
Benesses que aos vossos vassalos mandaste criar, impunemente!
O poeta grita! Venham cá abaixo ver como vós a maldade incentivasses!
O poeta grita coerentemente!
Reuni os antigos testamentos, venham adaptar deuses! Mais não devasses!
O mundo evoluiu, já não é como antigamente,
Natal à conversa com deuses
Eu poeta, estive trinta dias no limbo, posso gritar prementemente!
Natal à conversa, mais monólogo, com deuses!
Como? Se eles nunca se dignaram, se a isso sempre se mostraram temente (s)!
Fico com a minha dose de loucura, seus deuses!...
Natal à conversa com deuses!
À fé de quem sou, desejo estar na vida coerente!
Daniel Costa