FADO SUA CAPITAL LISBOA
“O fado por castigo
Mora sempre num bairro antigo
Num bairro antigo”
Foi assim que Mariema
Artista de revista o enalteceu
Dando voz a um poema
Num teatro, à portuguesa, em jeito de fado
Nos anos sessenta, foi no Parque Mayer
Numa canção que deu brado
O teatro de Revista
Sempre foi abrilhantado
Pelo fado, pela voz de grande fadista
O fado que nasceu em Lisboa
Sempre se agigantou altruísta
Depois, vozes, como a de Amália Rodrigues
Nas grandes salas do mundo cantou-o e fez vista
Mais, modernamente, Mariza
Grande expoente
De entre muitos outros bons fadistas, uma divisa
Fado é canção, genuinamente, de Lisboa
Na noite de vinte e cinco de Novembro
De dois mil e onze confirmou-se ser canção de proa
Foi na Indonésia, Ilha de Bali
Que o fado foi votado e consagrado pela UNESCO
Foi no longínquo ali
Que a canção alfacinha
Passou a ser Património Cultural Imaterial da Humanidade
Um feito, o fado uma canção rainha
O fado já ecoava no mundo inteiro em profundidade
Primeiro nas grandes cidades do Brasil
No Rio de Janeiro, que o terá ajudado a chegar à maioridade
Está também radicado em São Paulo
Firmando a sua sensatez de cerca de dois séculos de idade
Elevou-se o fado
A Património da Humanidade
Daniel Costa
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