sexta-feira, 22 de março de 2013

POEMA EVOCAÇÃO DO INHAME



EVOCAÇÃO DO INHAME

Não és tubérculo de planta endémica
Inhame… Inhame… Inhame!
Na alimentação és tradicionalmente, sistémica
No sudoeste do Brasil, diria do seu nordestino
Da sua alimentação és tradição
Cumpres um sistemático destino
Porém existes em variadas partes do globo
De variedades és como destino
Cerca de cento e cinquenta variedades
Empregas muita gente no teu cultivo
És base de alimento nas várias idades
Abundas em regiões tropicais ou subtropicais
Serves também de base alimentar em cidades
A tua estrutura pode ver-se ao cimo da terra
Escorada em trepadeiras
Que fazes questão de pôr na berra
Sendo tubérculo muito nutritivo
Dispensas de muitos cuidados, ainda que na serra
És planta modesta, inhame
Contigo as ervas daninhas competem, em guerra
Inhame… Inhame… Inhame!
A beleza do teu verde está um pouco por toda a parte
Nos Açores - Europa, Américas, até no Suriname
Na Ásia, na África, na Oceânia, és planta dessa arte
Assumes algumas designações
O teu nome cientificado é Dioscorea – Deoscorease
Designações, conforme as tuas regiões
O teu tubérculo é cozinhado, depois descascado
De carnes acompanhado até nos africanos Bantustões
Inhame… Inhame… Inhame!
Eu te invoco, procurando não criar confusões

Daniel Costa

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