quarta-feira, 24 de abril de 2013

POEMA LENDA DE OLHÃO

LENDA DE OLHÃO

Em tempos que lá vão
Em que os moiros dominaram
Governaram também a nação
Da Ibéria, onde se situa Portugal
Dele faz parte a cidade de Olhão
Do Algarve reconquistado
Dali viria a interessante revelação
Nas apressadas fugas
Segundo lendas várias em Olhão
Ficaram encantadas donzelas
Mitos de paixão
Uma das lendas, de que falo
Tem bela, sem senão
O seu encantamento perdura
Em Olhão da Restauração
O velho moiro, que adorava Alá
Ao jovem apaixonado prometeu boa relação
Se este conseguisse desviar o riacho para a sua quinta
Seria uma inacessível, mas ocasião!
Porém, o jovem muito apaixonado conseguiu
O velho e sabido moiro a escutar sem fazer serão
A certa altura, nem Alá lhe valeu
A água jorrava em profusão
O mancebo de novo acompanhado de alaúde
À sua amada, em serenata, entoava a sua canção
Ao ouvido do experiente velho chegara o trinar
Pelo timbre de voz lhe pareceu ser do mancebão
Ora o canalha venceu a imponderável condição!...
Antes matá-lo que da minha amada filha lhe dar a mão
Passarei a desfrutar de água
Ficarei com a filha, no castelo, na mansão
Por Alá, assim aconteceu!
Na quinta de Marim, em Olhão
A donzela para sempre, ficou alma penada
Expulsos os moiros, do rincão
Em certas noites de tempestade
Ao bater doze baladas, perto de Olhão
Toda vestida de branco aparece a bonita donzela
De mão dada ao eleito seu noivo, segundo a tradição
Em serenata, em balada, por especial deferência de Alá
Segundo uma das lendas da cidade de Olhão

Daniel Costa

1 comentário:

  1. Querido amigo! A semana que passou estive envolvida em muitos problemas de ordem pessoal e não consegui visitar e/ou responder comentários! Peço perdão! Estou tentando normalizar.... É sempre um prazer aqui chegar e viajar através de tuas palavras, de tua poesia, conhecer lendas, histórias de amor.....
    Obrigada pela amizade e pelo carinho!
    Grande e carinhoso abraço!
    Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

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