sexta-feira, 30 de setembro de 2011

POEMA O MEU CACHIMBO

O MEU CACHIMBO

Seria por graça usar cachimbo
Talvez snobismo fingidor
Já havia passado pelo limbo
Queria parecer escritor com ares de investigador
Amava a Damiana
Amor platónico poderia ser com pudor
A mulher bonita com ares de sultana
Nunca soube como sabia
Deu instruções a bonita Damiana
Era linda de morrer e o coração a bater
Desejaria poder amar essa sultana
Continuei sempre a dedicar-me a escrever
A gravar o que pensava
Porém, esse platonismo iria perecer
O meu cachimbo mais algum tempo durou
O oriental odor a tabaco
Sem o incentivo do amor platónico
Sem aquele amor teutónico acabou
Em boa hora fora tomada a decisão
A interessante experiência terminou
A vida foi sempre assim
Tudo se passou e quando germinou
Deixou gostosa sensação
Foi como o tabaco que se fumou

Daniel Costa


1 comentário:

  1. Tive a impressão de que seu cachimbo foi como uma tábua de salvação. Mas depois que o amor platônico parou de ocupar espaço em seu coração, restou o aroma do prazeroso tabaco. E as lembranças, que fazem parte de nosso passado distante.
    Bjs.

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