sexta-feira, 30 de setembro de 2011

POEMA O MEU CACHIMBO

O MEU CACHIMBO

Seria por graça usar cachimbo
Talvez snobismo fingidor
Já havia passado pelo limbo
Queria parecer escritor com ares de investigador
Amava a Damiana
Amor platónico poderia ser com pudor
A mulher bonita com ares de sultana
Nunca soube como sabia
Deu instruções a bonita Damiana
Era linda de morrer e o coração a bater
Desejaria poder amar essa sultana
Continuei sempre a dedicar-me a escrever
A gravar o que pensava
Porém, esse platonismo iria perecer
O meu cachimbo mais algum tempo durou
O oriental odor a tabaco
Sem o incentivo do amor platónico
Sem aquele amor teutónico acabou
Em boa hora fora tomada a decisão
A interessante experiência terminou
A vida foi sempre assim
Tudo se passou e quando germinou
Deixou gostosa sensação
Foi como o tabaco que se fumou

Daniel Costa


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

POEMA OÁSIS

 
POEMA OÁSIS

Numa outra galáxia a viajar
Parecia estar noutro país
Seria a sonhar?
O país parecia do outro mundo
Parecia ser governado por talassas
A quererem levar o país ao fundo
No desértico calor havia quem avistasse um oásis
Naquela galáxia havia incongruentes
A quererem mostrar prosápia de audazes
Na galáxia avistei outros países
Seus senadores menos vorazes
Escutavam o saber do povo
Governar com e para ele tentavam ser capazes
O oásis era uma grande miragem
Uma visão que depressa se escapou
Na invernosa, poderia dizer calamitosa
Era a derrapagem que por artes demoníacas passou
Naquele oásis de sonho balofo a parecer moderno
O povo mais autonomia perdia
Mais uma vez os rapazes não mereceram o Inferno
Guardavam as benesses que entre si distribuíam
Promoviam o futuro num mundo moderno
Onde a vida para muitos
Teria um futuro cinzento como dias infernais de Inverno
Banalidades, mesmo insanidades
Acabarão no eterno
Se soubermos deixar bons exemplos
Formar a sociedade dum mundo verdadeiramente moderno
Onde não seja necessário sonhar com outras galáxias
Ou com fogos fátuos do inferno

Daniel Costa

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

POEMA TRINTA DE ABRIL


TRINTA DE ABRIL

Recordar o Domingo é normal
De mil novecentos e cinquenta
Trinta de Abril, um dia transcendental
Trabalhar sempre de qualquer maneira
Tarde soalheira, movimentação no quintal
Emocionada a tia Lourdes
Comandava a operação
No belo e reluzente dia
Acompanhara o pai a trabalhar no fanfarão
Não brincar ao Domingo, via como pecado mortal
Ano cinquenta decretado Ano Santo
Em casa, ano especial
Na aldeia, onde nasci
Orla do mar, meu Oeste natal
Passara o ano quarenta e nove
O terreno prenhe apresentava agora seca brutal
A falta da produção de sobrevivência
Ameaçava de mais pobreza, de fome geral
Em cinquenta tudo mudara
O apresentava-se de sonho, um sonho mais real
A terra a produzir
No dia trinta de Abril o “clãn”a aumentar
Primavera campos a florir
Passaram a ser sete as bocas a alimentar
Agora mais duas crianças para sorrir
Mais tarde o avô com a sua providencial bengala
Avaliara o monte de maçarocas, o imediato porvir
Pé em riste disse: vinte e cinco sacos!
Bastante pão, depois do milho moído!
Zé: terás para distribuir bastantes nacos
A abundância te fará sorrir então
Para lembrar o trinta de Abril
Unidos, fazemos um festão
Passou a ser mais um dia anual
De recordar, um dia familiar de íntima união

Daniel Costa

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

POEMA VIELAS TORTOSAS


VIELAS TORTUOSAS

Ver o lado óptimo das coisas sérias
Jamais será ignorar
Este mundo, este vale de misérias
Não é mal, saber haver vielas tortuosas
Saber haver um mundo de maldades sérias
Vielas onde vagueiam risonhas pessoas
Nesse mundo de insanidade e lérias
Sua excelência o optimismo
Será um outro mundo de humanidade
Tem de ser visto assim mesmo
Sem invejas, à mistura com falsa lealdade
Será sempre o verdadeiro sonho
O optimismo a comandar os feitos, a realidade
Pugnemos para que nas vielas tortuosas
Deixe de funcionar a desumanidade
Acabem antros
Esses universos de precariedade
Se criem galáxias
De amor de humanidade
Só aos desonestos
Podem interessar insinuações e desonestidade
De viver na sombra
Na nefasta sombra da maldade
Sejamos perseverantes fiéis
Ajudemos a acabar esse mundo de mediocridade
Participemos na criação de um oásis
De fé, de optimismo, de humana fraternidade

Daniel Costa


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

POEMA SONHO E ILUSÃO


SONHO E ILUSÃO

Dizem: sonhar é fácil
Realizar eis a questão
Como tornar o sonho táctil?
Vejamos então!
Sorrir dos pesadelos
Não vivamos na ilusão
Sonhar o possível de materializar
Com os meios que temos à mão
Travar luta para concretizar
Obtida a satisfação partimos noutra direcção
Lutando sempre
Jamais atentaremos na ilusão
Quem procura, terá a oportunidade em mente
Enquanto espreitam ilusões e fantasias
A oportunidade de realizar está presente
Aquelas estão sempre na maré vazia
O sonho pode tornar-se realidade
Maré cheia pode trazer alegria
Não vivamos de ilusões
Muito menos de fantasias
Nesse mundo de vaidades e combustões
Com sonhos ajudemos a criar um mundo bonito
Um mundo de amor e sonhos
Não deixemos continue esquisito
Que hajam mulheres com propriedade de flores
Lutemos por um mundo
De felicidades e amores

Daniel Costa

terça-feira, 13 de setembro de 2011

POEMA PÉROLA


PÉROLA

Imaginemos a vida generosa
Naveguei, fui pescador
Encontrei um Pérola preciosa
A Pérola incarna uma mulher
Uma mulher amorosa
Apenas uma Pérola com bonito nome
Pode motivar uma vida airosa
Decoramos o nome dessa mulher terna
Ficamos com a sensação
De ter entrado numa vida moderna
Sensualidade e paixão
De amante eterna
Com os filhos está em união
A bonita Pérola, essa mulher hodierna
Figurou em capa de revista
Fixou a interessante beleza eterna
Beleza a tornar a mulher atraente
Tem pensamentos a parecerem simples
Escreve-os, fica algo diferente
Meditando neles pode reparar-se
A marinha Pérola deixa algo de convincente
Beleza, como que exótica
Atrai a real beleza diferente
Pelo que se sente da beleza interior
Ser amigo de uma mulher assim
Será prestar à vida um louvor
A vida é assaz generosa
Nela sempre se encontra
Se vislumbra uma Pérola preciosa

Daniel Costa

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

POEMA EMOÇÕES


EMOÇÕES

Das mais variadas sensações
É composto o nosso mundo
Ocorrem muitas emoções
Afastemos tristezas, venham alegrias
Vivamos na sensação de aventura
Façamos uma festa de cada dia
Que o nosso trabalho não seja escolho
Antes atalho rumo à folia
Cultivemos fortes emoções
Pitadas de sana loucura
Arrais de sonhos e puras ilusões
Lutemos e amemos o semelhante
Lutemos, ajudemos a sanar tensões
Neste mundo louco
Onde reinam imensas confusões
Propositadamente criadas
A semear um mundo de emoções
Para muitos beneficiarem
Beneficiarem das confusões
Demonstremos firmeza
Com o calor das nossas emoções
Não aceitemos promessas
Dum mundo desvairado e de falsas ilusões
Apresentadas como airosas
A enganar multidões

Daniel Costa