sábado, 4 de maio de 2013

POEMA SONHO MEU


Foto saida na revista Plateia de 18 de Março de 1967
A contar da direita, Vitoriano  Rosa (representante do Director), 
Daniel Costa e António Alcaraz, em representação da então Fábrica Gráfica,
Bertrand & Irmãos, no almoço de aniversário da Agência Portuguesa de Revistas
Meu quarto livro
SONHO MEU

Era noite escura como breu
Desencontros
Sonho meu
Foi como duma era de apogeu
Tinham imaginado o Zip Zip
No espaço quem azougado, o encarnava era eu
Todo dia subia a escadaria
Sonho meu
Votei a subir de chinela no pé
Subia ligeiro como para o céu
Agora a escadaria era moderna
O soalho ficava ao léu
Foi assim que lá caiu a chinela
Provas revistas por autor meu
Com a pressa de entregar ao Cabelo
Não sorriam: era o nome chefe de turno do tempo de Zebedeu
Salão de composição, letragem a chumbo quente
Deus do céu
Sonhei com a modernidade do tempo
Só ao chegar a casa dei por estar com o pé ao léu
Sonho estranho, sonho de retrocesso
Naturalmente, inverso, do tempo do Orfeu
Como em todos sonhos acordei e sorri feliz
Sonho meu
Deus assim o quer, que recordasse quis
Um anjo encarregará de secundar
O moderno relacionado este sonho meu

Daniel Costa

1 comentário:

  1. Parabéns por mais um empreendimento literário. São os sonhos que alimentam nossas realizações. Bjs.

    ResponderEliminar