sábado, 30 de abril de 2011

POEMA BIZARRIAS


BIZARIAS

A vida não seria como uma fobia
Havia necessidade improvisar
O que se chamaria hoje bizarria
Por inventar acabei
Seria improvisação para a folia
A moda da cabeça léu eu criei
Podem duvidar, chamar bizarria
Era assim no meu berço, no século passado
Era ainda no outro dia
Todo o mundo usava a boina espanhola
Ao Domingo distinguia
Poder usar boné de feltro, era mais pachola
O mais abastado sorria
Seguia na gandaia com o artola
Do improviso, a moda criei
Deu censuras… Risos, devia antes usar cartola!
Seria mais bonito, menos cinzento
Até que num outro dia, todos foram imitando o sacola
Seguiram sempre a dança, a bizarria
A crença, a esperança
No alvorecer do outro dia
As festas em lugares mais distantes
Mais sofisticados para a folia
Em meios de mulheres elegantes
A modinha das cabeças ao léu
Seus olhos brilhantes
Ao reparar em cocurutos sem chapéu
Ficavam refulgentes como puros diamantes
Num meio pacato como bizarrias
Haveria mentes brilhantes?

Daniel Costa


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