quarta-feira, 21 de novembro de 2012

POEMA ALFAMA DOS MARINHEIROS




ALFAMA DOS MARINHEIROS

Os primeiros marinheiros ficaram com fama
De serem primeiros a embarcar nas caravelas
Terão nascido na velha Alfama
Bairro muito antigo cheio de vielas
O fado que se canta no bairro mais antigo de Lisboa
É da tradição que terá nascido no da também velha Mouraria
A Canção nostálgica e boa
Andava ainda com bota de salto
Está, fez e faz escala na Madragoa
Pairou no Bairro Alto
A voz de uma fadista que na grande cidade ecoa
Uma das maiores do mundo
O vadio anda por toda a Lisboa
O da voz melodiosa de emoção, inunda a fundo
Em São Paulo, Brasil, uma das vozes do fado eleitas
No “Alfama dos Marinheiros”, mulher de bonita voz, bem timbrada
Que, regularmente, pode ser ouvida é Fernanda Feitas
Uma Fadista que o fado seduziu
Tornou-a das suas eleitas
Talvez por castigo o fado num bairro antigo nasceu
Corre o mundo, mas São Paulo fixou Conceição Feitas
No “Alfama dos Marinheiros” que jamais será plebeu
Com vozes e reportório de eleição
Vozes nem sempre de Lisboa, que sabe um pobre poeta como eu?
O fado é das vielas e das veias de Lisboa
Jornadeia pelas grandes catedrais do mundo da canção
A canção de feliz nostalgia dele já faz parte
É como uma oração
Em São Paulo pode sentir-se a nostálgica felicidade
No “Alfama dos Marinheiros”
Portuguesa radicada, a cantar é Conceição Freitas
Com a beleza da sua voz
Uma voz bela que vive o fado, o fado das eleitas


Daniel Costa

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