quinta-feira, 15 de novembro de 2012

POEMA A VIDA E A MORTE





A VIDA E A MORTE


A vida é um bem, é prazer
Procura estar como se quer e deseja
Dá gosto viver
A vida pode ser união, construção
Sabe-se que há o fantasma da morte
E o gosto da vida em comunhão?
Ninguém pensa em tal sorte
A vida segue a sua estrada
Numa noite onde desembocam
Quatro de uma assentada
Havia alguém a dizer que fantasmas tocam
Foi mesmo aí que se encontraram a vida e a morte
Em diálogo evocam
Numa noite escura como breu
A vida com uma auréola brilhante
A morte um fantasma
Que mal se distinguia falante
Então a vida sem se amedrontar
Falou ao fantasma, na morte tonitruante
Ceifas vidas a jovens que iriam muito produzir
Já prometiam naquele instante
Uma grande comparticipação seria de intuir
Responde a morte:
Sou democrata, para mim são todos iguais
Tu defendes os privilégios
Brutais a muitos tais
Deuses a esmo e a gosto, sem frequentarem colégios
A cobrarem impostos aos demais
Deuses a serem como estados
Para os seus próprios cofres régios
Enquanto eu tenho apenas uma seara
Nela incluo e ceifo também os egrégios
Nisto desapareceu, com uma roufenha risada desandou
Deixou a vida sem fala
Até se apagar, a vida continuou
A vida e a morte
São antagónicas
A vida, afinal, será sempre filha da sorte

Daniel Costa


2 comentários:

  1. A vida e a morte
    São antagónicas
    A vida, afinal, será sempre filha da sorte

    A morte é o que temos mais certo nesta vida..

    Mas não devia ceifar pessoas na flor da vida

    Porque quem perde um filho, jamais será feliz

    Lindo poema amigo, do que temos mais real...A VIDA E A MORTE...Parabens pelos teus lindos poemas...

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  2. A vida pode ser diferente a cada dia, dependendo do que fazemos com ela. A morte não se preocupa com detalhes. E chega para todos, da mesma forma. É a única certeza que podemos alimentar. Bjs.

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