terça-feira, 2 de abril de 2013

POEMA A PITONISA



A PITONISA

Longe talvez de ser à guisa
Na imaginação voei no tempo
Regredi ao da pitonisa
A do oráculo de Delfos
De quem falaram antigos sábios e escritores
Como Platão, Heródoto, Plutarco, Xenófonte
Não mencionando outros grandes senhores
De quem se bebe cultura como água numa fonte
Era visitada, por quem a cumulava de louvores
Que ela me cicerone para que conte!
No seu santuário e oráculo
Era muito amada por visionar largo horizonte
Sempre consultada sem qualquer obstáculo
Seria como que a deusa da saberia
Também ela viajou no tempo vernáculo
Terá acontecido um dia
Terá viajado até à praia da Aldeia do Meco
Nas suas arribas de argila, mexia
Dali avistava a grande extensão de areal, de praia
O vento nem bulia
Num coração desenhado na areia reparou de atalaia
Tinha letras, cujos caracteres lia
… Continua no ar, teria sonhado a catraia?
Então olhou para outro lado
De repente passou a avistar já outra praia
Parecia, uma melodia, um fado
A argila, além da falésia, na praia vislumbrava
Não somente o coração estava grafado
Coisas da pitonisa bem fadada!
Oh imaginação de loucura!
A pitonisa no tempo e no espaço viajara

Daniel Costa

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