quinta-feira, 25 de abril de 2013

POEMA REDES

POEMA REDES

Certo dia, numa conversa informal
Tive a dita, a primazia
De trocar impressões com Severa Cabral
Daí nasceu grande sonho: um certo dia!
Parecia-me deveras real!
Sonho de ilusão e fantasia?
Na sombra, presa a dois pinheiros de um pinhal
Uma rede me embalava, o chilrear dos pássaros ouvia
De repente, o sonho pareceu-me divinal
O pensamento voou, porque aconteceria?
Parava numa praia, onde se avistava um coqueiral
Pareceu junto à cidade de João Pessoa, seria?
Onde mora Severa Cabral
Sem deixar de embalar-me na rede, o coração
Sentia uma bonita índia, da época medieval
Depois pareceu que entoava uma oração
A índia se apresentava fraternal
Ora de traje de variegadas cores, ora do verde da sua Nação
Que visão divinal, uma índia transformada em Severa Cabral
Que sonho de movimento e emoção!
Se o torpor do sonho fosse tornado real?
Seria o baloiçar da rede, a preconizar a realização?
Ao acordar, não teria sonhado alto, prevalecia o bom astral
Estaria petrificado de comoção
Seria mesmo a médium sideral?
A contemplar-me com o sonho, de razão ou de alienação?
Era por certo, um sonho emocional
Onde esteve a nordestina escritora,
A versátil, a mulher interessante, Severa Cabral

Daniel Costa

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