quinta-feira, 23 de junho de 2011

POEMA CARQUEJA


CARQUEJA

Carqueja é nome de terra
Devido a um Serial Killer
Anda actualmente na berra
Nos anos cinquenta que a conheci
Miúdo, sempre por caminhos areentos
Entre pinhais e a corta mato várias vezes a vi
Aldeia do concelho da Lourinhã
Antes a mais isolada
Ficava muito chã
Não havia estrada
Havia algumas mulheres bonitas
Sempre a trabalhar na dureza do campo
Ali ganham cores rosadas e catitas
Do Serial Killer sabe-se onde morava e fazia covil
Sabe-se o nome das vítimas
Para os investigadores não é gentil
É evidente, sabia o que fazia
Dos despojos nada diz, o vil
Não tem o julgamento popular
Que na década de cinquenta, era uma razia
Era uma atracção da feira semanal da vila
As noticias de crimes que no pais havia
Eram entoados ao som de acordeão, como um perpetuado
Na vizinha freguesia da Moita do Ferreiros
Por um amante que matou o marido da pretendida mulher, o danado
O chamado folheto rezava assim:
“Ele pela amante foi levado
Mas antes de fazer o delito
Devia te pensado”
Outros tempos!,,,
A passar a corta mato pela Carqueja
Ia comprar pedras de cal branca ou cal almagra para eventos
Recordo o passar e mirar, a velhíssima árvore que me extasiava
Para caiar a casa nos sazonais tempos
Recordo os fornos de cozer a pedra calcária
Foram tempos simples, recordo-os como portentos
S. Bartolomeu
Actualmente com acréscimo dos Galegos
Pela aldeia da Carqueja que ficou na memória passei eu
Daniel Costa

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