quarta-feira, 29 de junho de 2011

POEMA MEUS VELHOS AMIGOS


MEUS VELHOS AMIGOS

Deverei ter inimigos
Porém quem recordo
São os meus velhos amigos
Lembro todos sem excepção
No entanto, gostaria evocar
Os que não chegaram a ter união
União com a modernidade
De aprender a ser novos com paixão
Saberiam que nunca se é velho
Aprende-se a ser novo de mente e coração
Quando a idade aponta os setenta
Deve sentir-se uma vida de aventura e emoção
Bastantes anos poderão ter-se lutado
Lutado com denodo e paixão
Mas os amigos que nos deixaram
Sua alma nos deve merecer veneração
Afinal sente-se que foram amigos
Mas já não sentem esta sensação
De aprender a ser novos
Viver esta nova palpitação
Do amanhã ter deixado de ser futuro
Explico então
Deixou de poder ser dado tudo como certo
O mundo está globalizado
O que hoje está perto, amanhã pode ser deserto
Quando se está prestes a chegar aos setenta anos
Sabemos que se viveu de luta
Não de enganos
Agora aprendemos com os mais novos
Modernos planos
Estes podem aprender connosco a ser
Dia a dia mais humanos
Que não poderão nem deverão viver
De miragens num deserto de enganos

Daniel Costa


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