terça-feira, 30 de outubro de 2012

POEMA SONHO E IRRIETUDE




SONHO E IRRIQUIETUDE

Dia de S, Francisco de Assis, é feriado municipal
Na cidade de Açailandia, Maranhão
Como devia ser em todo o Portugal
Nasceu outro homem, que saltou a vedação
Sessenta anos depois
Fugindo à irmã morte, alcançou nova encarnação
Nasceu também a quatro de outro Outubro
De mil novecentos e quarenta, do século passado então
Disseram: milagre!...
Haverá milagres? Sobrenaturais não!
Há o milagre da força do querer
Da capacidade de sofrimento
Circunstancialismos
Lances que podem ocorrer a cada momento
Do homem que completa setenta e um, neste dia quatro
Cerca de duzentos patrões serviu, procurou talento
Executou as mais variadas tarefas
Onde sempre demonstrou alento
Tudo operou com gosto e garra
Alegria, sem desalento ou espavento
Sem acreditar em dogmas
Os deuses de todas civilizações
A elas sempre recorreram
A tentar, a impor uniões
Que se saiba nunca vieram dizer
Dizer porque há grilhões
Viajei pelo limbo trinta dias
Quarenta vegetei com momentos de lucidez
Recordo ter ilusões terrenas
Místicas? Consideraria intrepidez!
Que se calem os deuses, enquanto houver maldade
Ou venham explicar muito bem
Como podem cuidar de tudo, onde está a seriedade?
Façam como o fez o santo de Assis
Que se desfez de riquezas, mostrando ser possível a verdade
Com onze anos de vida na segunda encarnação
Neste quatro de Outubro, setenta e um de idade
Sempre a luta
A intensa procura da verdade

Daniel Costa

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