quinta-feira, 2 de junho de 2011

POEMA O VELHO CACILHEIRO



O VELHO CACILHEIRO

Conhecer os velhos bairros Lisboa
É poético, verdadeira poesia
Ainda que percorridos à toa
Ligar as duas margens do seu rio,
Do velho Tejo também é coisa boa
Sendo a bordo dum velho cacilheiro
Sentir sons em uníssono tão bem soa
Ter outra visão da cidade por inteiro
Navegar no refulgente Tejo
É como ter um sonho verdadeiro
Atracar no cais de Cacilhas
Donde adveio o baptismo de cacilheiro
Agora mais moderno, o catamarã
Sempre com aquele nome, o primeiro
Embora com duas imponentes pontes
Outros destinos, outro timoneiro
Mais barcos de transporte no Tejo
O mesmo tipo de passageiro
O que vem diariamente para a cidade
Trabalhar, para viver, ganhar dinheiro
Nem lhe ocorrerá sonhar
No hábito daquele balouçar verdadeiro
Muitos barcos podem ser vistos
Viajando e mirando dum cacilheiro
Por ali passa todo o mundo
Um mundo verdadeiro
Tudo a tornar a bela Lisboa
Como se fora um mundo inteiro
No seu incessante vai e vem
O velho cacilheiro

Daniel Costa

2 comentários:

  1. Eu não tenho mais palavras para elogiar, teus escritos meu querido. Porque acho que já as deixei todas aqui...São lindos e perfeitos.
    Beijos achocolatados

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  2. Linda poesia..Fui a Lisboa a 20 anos atras..muito tempo..preciso voltar..
    Vc escreve lindamente.
    Parabéns!
    Um abraço,
    Ma Ferreira

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