sexta-feira, 8 de março de 2013

POEMA A QUEBRA DE UM TABU


QUEBRA DE UM TABU

Era o tempo da cultura de baú
No tempo dos sonhos de namoricos
Quebrei um tabu
De tanto me querer embelezar
Não queria parecer cru
Ali fui o primeiro, a cabeça destapar
Na grande aldeia natal
Aos Domingos boné deixei de usar
Boné ou boina à espanhola
Deixar de usar a vestimenta, menos iria custar
Foi na Bufarda, Peniche cidade
Talvez charme, para de mim se gostar
Se passara eu a gostar mais de mim!
Que mulher iria indiferente ficar?
Não iria gostar melhor assim?
Aos Domingos na revoada viajar
Por aldeias distantes, até encontrar um fim
Para a cabeça empinar
Onde já pouco se apreciasse o que para mim foi tabu
Onde já se vislumbrasse
Cultura que não fosse de baú
Desejava que a mim chegasse
Para não ficar meio cru
Ao Domingo contra ventos e marés
Próximo do mar
Desejava ter o mundo mais a meus pés
Num mundo mais bonito apostar
Sem coberturas ou bonés
Era mister desenvolver a cultura de baú
Um novo mundo começar absorver
Acabando, como principio, com aquele tabu

Daniel Costa



1 comentário:

  1. Belo alvorecer amigo Daniel !
    Como sempre vc me surpreende por alguma razão.Hoje lembrando que é o dia da poesia, uma data que sempre estamos esquecendo...a poesia é muito mais que palavras por isso que tem seu dia para ser comemorado...
    Parabéns pra você que sempre traz grandes poemas para nos encantar ...
    bjssssssssssssssssssss

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